Outras Datas

01 de janeiro – Dia da Confraternização Universal

Esta data, escolhida pela ONU como o dia da Confraternização Universal é também, em muitos países, o Dia Mundial da Paz, e não poderia haver data melhor pois, a cada ano que começa, é como se tudo fosse zerado e começado de novo. Tudo pode ser esquecido e, sobretudo perdoado, condição essencial para a paz.

Em uma época de tantos conflitos, de tanta desigualdade e sofrimento, um novo ano surge como uma possibilidade de se fazer tudo diferente e melhor. A data foi proposta pelo Papa Paulo VI em 8 de dezembro de 1967, com o intuito de promover votos de alegria e felicidade entre as nações, e expandir a proposta para além da Igreja Católica. De acordo com o documento elaborado pelo Papa, a verdadeira celebração de paz só fica completa com o envolvimento de todos os homens. “A proposta não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente nossa, religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz (…) uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”, escreveu na época. Sendo assim, o principal objetivo da Santidade e das Nações Unidas foi o de acabar com as guerras e a violência em todo mundo. É importante que todos celebrem promovendo ações que sejam capazes de transformar as situações que gerem caos, em alegria e paz.



09 de janeiro – Dia do “Fico”

Neste dia, em 1822, o então príncipe-regente Dom Pedro, declarou que permanecia no Brasil e não voltaria mais para Portugal. A Corte portuguesa tentava reverter o estatuto do Brasil novamente para colônia e estava exigindo que D. Pedro voltasse imediatamente para Portugal. Depois de ter sido convencido por 8 mil assinaturas que pediam para que ele ficasse no Brasil, proferiu algumas palavras que demonstram a rebeldia do príncipe regente às ordens da Corte. Estas palavras ficaram célebres: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”.

Esse abaixo-assinado foi promovido pelos liberais radicais que, juntamente com o Partido Brasileiro, já vinham tentando manter a autoridade do Brasil. Na data, que ficou conhecida historicamente como o Dia do Fico, D. Pedro fortaleceu o movimento separatista no Brasil, até então considerado uma extensão de Portugal. Este dia representa um dos mais importantes passos rumo à independência do país, o que aconteceu no mesmo ano, em 7 de setembro.



25 de janeiro – Aniversário de São Paulo

Esta data foi escolhida em homenagem à fundação do Colégio dos Jesuítas, marco zero da maior capital brasileira. Esta fundação se insere no processo de ocupação e exploração das terras brasileiras pelos portugueses à partir do século XVI. Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, escalou a Serra do Mar com a intenção de construir o colégio católico.

Então, em 25 de janeiro dos anos de 1554, os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram o colégio, que foi o centro de educação e formação dos indígenas, para que se adequassem ao modo de vida dos jesuítas. Neste mesmo dia foi celebrada a missa de fundação do Colégio dos Jesuítas. A cidade recebeu o nome “São Paulo” em homenagem ao apóstolo Paulo que, de acordo com a tradição católica, teria se convertido ao cristianismo justamente no dia 25 de janeiro.

O padre José de Anchieta, em carta à Companhia de Jesus, explicou as razões da escolha do nome e da data: “A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo. Por isso, a ele dedicamos nossa casa!”



24 de fevereiro – Conquista do Voto Feminino no Brasil

A luta das mulheres pelo direito de voto, no Brasil, iniciou-se no século XIX, por volta de 1891. Foram muitas as tentativas de inserção de emenda à Constituição, para que fosse estendido o direito de voto às mulheres, porém sem sucesso. A partir daí, diversos esforços foram empreendidos, solicitando o alistamento eleitoral para as mulheres, mas também não obtiveram êxito. Mas, por iniciativa dos movimentos de mulheres do Estado do Rio Grande do Norte, essa conquista começou a se tornar realidade. No dia 25 de outubro de 1927, pela Lei Estadual nº 660, as mulheres brasileiras puderam, pela primeira vez, no Rio Grande do Norte, ter reconhecido o direito de votar e serem votadas. Essa abertura política conferida às mulheres no Rio Grande do Norte, passou a ser um marco nos avanços da luta para todo país e é resultante das reivindicações feministas por igualdade social lideradas em âmbito nacional pela bióloga paulista Bertha Lutz (1894-1976). Ela se tornaria, a partir de 1918, uma das mais expressivas lideranças feministas na campanha pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no Brasil. Com a aprovação da lei no Rio Grande do Norte, a professora Celina Guimarães Viana, aos 29 anos de idade, após encaminhar bem-sucedida petição reivindicando sua inclusão no rol de eleitores, tornou-se a primeira mulher habilitada a votar na América do Sul.

E, em 24 de fevereiro de 1932, por meio do Decreto nº 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, que instituiu o Código Eleitoral, foi permitido o voto feminino em todo o território nacional, todavia, esse direito era concedido apenas a mulheres casadas, com autorização dos maridos, e para viúvas com renda própria. Essas limitações deixaram de existir apenas em 1934, quando o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal. Contudo, somente o Código Eleitoral de 1965 equiparou o voto feminino ao dos homens.



08 de março – Dia Internacional da Mulher

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, este incidente marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas é importante afirmar que o Dia Internacional da Mulher não foi criado por influência de uma tragédia, mas sim por décadas de engajamento político das mulheres pelo reconhecimento de sua causa. Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX.

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. Em 1910, na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. Em 08 de março de 1917, na Rússia, em um clima de agitação revolucionária, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, contra as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz” – Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, é que o dia 08 de março se tornou o símbolo principal de homenagens às mulheres, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. A partir dos anos 1960, a comemoração do dia 8 de março já tinha se tornado tradicional, mas foi oficializada apenas em 1975, que foi declarado o Ano Internacional da Mulher, como uma ação voltada ao combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo. Então, o dia 8 de março foi oficializado como o Dia Internacional da Mulher. Atualmente, além do caráter festivo e comemorativo, o Dia Internacional da Mulher ainda continua servindo como conscientização para evitar as desigualdades de gênero em todas as sociedades.


 

07 de abril – Abdicação de D. Pedro I

Após a Independência, o sistema político imperial brasileiro teve que ser consolidado. Muitas medidas foram pensadas e aplicadas, sendo a Constituição Imperial de 1824 o catalisador de todas elas. Entretanto, partindo de princípios da política praticada pelas casas aristocráticas do absolutismo europeu, o imperador D. Pedro I e a elite que o apoiava decidiram, por intermédio da formação de um Conselho de Estado, implementar o Poder Moderador dentro do sistema de poderes do Império.

Os desdobramentos do exercício do Poder Moderador por D. Pedro, alguns elementos de inoperância administrativa, a rixa entre políticos conservadores e liberais, bem como a rivalidade entre brasileiros e portugueses que estavam radicalizados no Brasil, com um forte sentimento antilusitano e o medo do retorno da subordinação do Brasil a Portugal, culminaram na abdicação do imperador, formalizada no dia 7 de abril de 1831.

Em março de 1831, o imperador regressava ao Rio de Janeiro, de uma viagem a Minas, onde fora recebido com a maior frieza. Os portugueses decidiram realizar festejos, para demonstrar seu apoio a ele. Houve reação dos brasileiros, com os tumultos se prolongando por cinco dias. Uma noite desses cinco dias passou para o anedotário histórico, como “A Noite das Garrafadas” pois nela os brasileiros atacaram as casas dos portugueses e estes responderam atirando garrafas e cacos de vidro.

Pressionado por toda essa situação, o imperador decidiu pela abdicação do trono em 07 de abril, em favor de seu herdeiro, D. Pedro, que se tornaria o segundo imperador. No bilhete da abdicação, disse D. Pedro I: “Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que, hei mui voluntariamente, abdicado na pessoa do meu muito amado e prezado filho, o sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista, sete de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império. Pedro.”


 

15 de abril – Dia Mundial da Arte

O Dia Mundial das Artes é uma comemoração recente, de 2012, criada pela Associação Internacional de Arte (IAA, na sigla em inglês) como forma de conscientizar a atividade criativa no mundo todo.
A data escolhida é em homenagem ao aniversário de Leonardo da Vinci, um dos principais nomes do Alto Renascimento e um dos artistas mais completos de todos os tempos, considerado símbolo da liberdade de expressão e do multiculturalismo. Nas palavras dele: “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. Esta frase reflete a importância da arte para compreendermos melhor o mundo e expressarmos os nossos sentimentos mais íntimos.

Neste dia, celebram-se as belas-artes, por todo o mundo e por todas as entidades internacionais relacionadas com a temática. Essas celebrações do Dia Mundial da Arte ajudam a reforçar os laços entre as criações artísticas e a sociedade, incentivam uma maior consciência da diversidade das expressões artísticas e destacam a contribuição dos artistas para o desenvolvimento cultural. É também uma ocasião para iluminar a educação artística nas escolas, pois a cultura pode abrir caminho para uma educação inclusiva e equitativa.


 

18 de abril – Dia Nacional do Livro Infantil

Esta data foi escolhida (através da Lei nº 10.402, de 8 de janeiro de 2002), para celebrar a literatura infantil nacional porque, nesse dia, em 1882, nascia o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira. É uma data que celebra tanto esse tipo de literatura, como homenageia esse escritor, autor não só de textos para crianças, apesar de ser mais conhecido por eles.
Sua literatura para adultos está inserida no pré-modernismo, período literário que compreende os anos de 1902 a 1922. No entanto, escrever para crianças deu a ele projeção nacional, principalmente após a sua morte, quando a série Sítio do Pica-Pau Amarelo foi adaptada para a televisão. Os personagens Narizinho, Pedrinho, Emília, Visconde de Sabugosa, Tia Anastácia e Dona Benta exploram um mundo de fantasia, que dialoga com personagens e fatos históricos e com o folclore nacional.

Além dos livros de Monteiro Lobato, o público infanto juvenil conta com outras grandes obras nacionais e internacionais para o seu entretenimento e, acima de tudo, para pensar sobre a realidade. Por exemplo: O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos; As aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi; Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol; O mágico de Oz, de L. Frank Baum; Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne; As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain; Contos de Grimm, de Wilhelm e Jacob Grimm; Contos de Perrault, de Charles Perrault; Histórias Maravilhosas de Andersen, de Hans Christian Andersen; Marcelo, Marmelo, Martelo, de Ruth Rocha, O Menino Maluquinho, de Ziraldo e tantos outros.


 

21 de abril – Morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes e Dia da Polícia Civil e Militar

Tiradentes, apelido de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), foi o líder da Inconfidência Mineira, movimento que lutou contra o Poder da Coroa Portuguesa no Estado Minas Gerais. Não fez os estudos regulares e ganhou a vida de diferentes maneiras, além de militar no posto de Alferes (hoje Tenente), foi tropeiro, minerador, comerciante e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido. Ficou órfão ainda criança e foi criado na casa do padrinho, um cirurgião, que era especialista em arrancar dentes.
Em dezembro de 1775, Tiradentes entrou para o Exército Colonial na 6ª Companhia de Dragões da Capitania de Minas Gerais. Portugal exigia que grandes recursos humanos fossem aplicados exclusivamente na mineração, e toda a população era obrigada a pagar elevados impostos, o que promovia um descontentamento geral. Inconformados com os abusos de impostos, os inconfidentes buscavam independência de Portugal.

A Inconfidência Mineira, como ficou conhecida a rebelião foi planejada. Um projeto de constituição chegou a ser efetivamente redigido. Tiradentes propõe que a bandeira da Nova República seja um triângulo vermelho com fundo branco, simbolizando a Santíssima Trindade, com a inscrição tomada ao poeta latino Virgílio: “Libertas quae sera tamen” – “Liberdade ainda que tardia”.
Porém depois de serem delatados, o grupo foi preso e a maioria dos rebeldes expulsos do país. Porém Tiradentes foi enforcado e esquartejado em praça pública no dia 21 de abril de 1792.
No dia 21 de abril também se celebra o Dia da Polícia Civil e Militar. O dia foi escolhido justamente para celebrar Tiradentes, Patrono desses profissionais.


 

22 de abril – Descobrimento do Brasil

Em 22 de abril de 1500 chegavam ao Brasil 13 caravelas portuguesas, mais 1500 homens, lideradas por Pedro Álvares Cabral. O avistamento de terras, foi relatado por Pero Vaz de Caminha, escrivão da expedição, da seguinte maneira: “No dia seguinte [22 de abril] – quarta-feira pela manhã – topamos aves a que os mesmos chamam de fura buchos. Neste mesmo dia, à hora de vésperas, entre 15h e 18h, avistamos terra! Primeiramente um grande monte, muito alto e redondo; depois outras serras mais baixas, da parte sul em relação ao monte e, mais, terra chã. Com grandes arvoredos. Ao monte alto o Capitão deu o nome de Monte Pascoal; e à terra, Terra de Vera Cruz.”

Foi só no dia seguinte que Cabral decidiu enviar homens à terra, e foi aí que os primeiros contatos entre portugueses e nativos aconteceram. O relato de Pero Vaz de Caminha sobre eles afirmou que “eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse as suas vergonhas. Traziam nas mãos arcos e flechas”.

O contato foi calmo, pacífico, houve troca de presentes entre as duas partes, e alguns dos indígenas foram levados à embarcação onde estava o capitão-mor, Cabral, para que ele os conhecesse. Foram-lhes dados alimentos e vinho, mas eles rejeitaram a comida e não gostaram do que experimentaram, segundo o relato de Caminha. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Mas, somente a partir da década de 1530, com o declínio do comércio de especiarias e as invasões francesas, é que os portugueses iniciaram uma política de colonização.


 

23 de abril – Dia Mundial do Livro

Esta data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em tributo aos escritores Miguel de Cervantes, Inca Garcilaso de La Vega e William Shakespeare, que morreram em 23 de abril de 1616, para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais. Nesse dia, grandes obras da literatura mundial são relembradas, discutidas e reverenciadas. É uma oportunidade para celebrar os títulos de autores consagrados.

A escolha de um dia para comemorar mundialmente o livro recebeu a seguinte justificativa: “… por considerar que o livro vem sendo, historicamente, o elemento mais poderoso de difusão do conhecimento e o meio mais eficaz para sua conservação, […] que toda iniciativa que promova sua divulgação redundará oportunamente não só no enriquecimento cultural de quantos tenham acesso a ele, mas no máximo desenvolvimento das sensibilidades coletivas em relação aos acervos culturais mundiais e à inspiração de comportamentos de entendimento, tolerância e diálogo”.

Segundo a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay: “Ao celebrarmos o livro, celebramos atividades – escrita, leitura, tradução, publicação – através das quais o ser humano se eleva e se realiza; e celebramos, fundamentalmente, as liberdades que as tornam possíveis. O livro é o ponto de encontro das mais essenciais liberdades humanas, nomeadamente a liberdade de expressão e de edição. É nosso dever proteger estas liberdades no mundo inteiro, promovendo a leitura e a escrita para combater o analfabetismo e a pobreza, fortalecer os baluartes da paz bem como proteger e valorizar as profissões e os profissionais do livro”.

Esta data, portanto, homenageia leitores, tradutores, editores, enfim, todos aqueles envolvidos com o livro, seja na sua produção, seja na sua recepção (leitura). É também a oportunidade de celebrar o autor, não apenas como artista, mas como detentor de direitos legais sobre suas obras.


 

01 de maio – Dia do Trabalho

A história do Dia do Trabalhado surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, quando muitos trabalhadores foram às ruas para protestar contra a jornada exaustiva diária, que podia chegar até 17 horas. Homens e mulheres lutavam por uma carga horária de 8 horas e melhores condições de trabalho. Nesta data todos os trabalhadores americanos realizaram uma greve geral no país, na manifestação que ficou conhecida como a Revolta de Haymarket.

Em consequência dos protestos realizados, nos anos que se seguiram, diversos países passaram a tomar a medida de redução da jornada de trabalho.

As primeiras manifestações trabalhistas no Brasil ocorreram em 1891, nas principais cidades da época, Rio de Janeiro e São Paulo. Com o passar dos anos, as pessoas passaram a se reunir por todo país no dia 1º de maio, realizando discursos, apresentações musicais, passeatas, e outras atividades. A data foi oficializada no país pelo presidente Arthur da Silva Bernardes em 1924.


 

08 de maio – Dia Internacional da Cruz Vermelha

O Dia Internacional da Cruz Vermelha é comemorado nesta data em homenagem ao nascimento do fundador desta organização humanitária, considerada a maior do mundo, Henry Dunant, em 8 de maio de 1828, em Genebra, na Suíça. A ideia de criar a Cruz Vermelha surgiu depois da difícil experiência que ele teve nos campos de batalha na Itália, ajudando inúmeros soldados feridos.
Criada em 1863, a Cruz Vermelha Internacional está atualmente presente em cerca de 190 países e reúne o impressionante número de aproximadamente 97 milhões de voluntários ao redor de todo o planeta. Como resposta à sua colaboração à humanidade, Henry Dunant recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1901.

Nesta data a solidariedade e a ajuda humanitária são as grandes homenageadas, pois são duas das características mais marcantes da Cruz Vermelha.

Os voluntários da Cruz Vermelha devem executar as suas funções tendo como base os sete princípios base deste movimento humanitário:

 

A Cruz Vermelha Brasileira (CVB) foi fundada em 5 de dezembro de 1908, por iniciativa do doutor Joaquim de Oliveira Botelho, que se inspirou neste movimento internacional e decidiu implantá-lo no Brasil para ajudar a proteger e salvar vidas brasileiras. Ela atua seguindo todos os princípios internacionais da Cruz Vermelha. Atualmente, estima-se que existam mais de 20 mil voluntários da Cruz Vermelha, cadastrados em todo o país.


 

13 de maio – Dia da Abolição da Escravatura

Esta data homenageia a Lei Áurea, sancionada em 13 de maio de 1888, declarando a Abolição da Escravatura, tendo sido assinada por Isabel, princesa imperial do Brasil. O processo de abolição da escravatura no país ocorreu gradualmente, uma vez que a Lei Áurea foi precedida por uma série de outras leis, que foram libertando as pessoas escravizadas pouco a pouco e sem indenização.
Ela não foi consensual, porque significou uma crise nas lavouras para os latifundiários, já que concedia liberdade aos mais de 700 mil escravos ainda existentes.

O Brasil foi o último país livre da América a abolir totalmente a escravatura, praticada no país desde o período colonial até ao fim do Império, o que durou quase 400 anos. Uma parte da população indígena brasileira também foi escravizada, mas a maior parte dos escravos era proveniente do continente africano, sendo usada para todo tipo de trabalho, desde os domésticos, passando pela agricultura, mineração e pecuária.

À medida que as leis abolicionistas eram promulgadas era estimulada a vinda de imigrantes para trabalhar nos cafezais brasileiros e assim suprir a mão de obra necessária.


 

22 de maio – Dia de Santa Rita de Cássia

“Para Deus, nada é impossível”
(Santa Rita de Cassia)

Em 22 de maio, celebramos o Dia de Santa Rita de Cássia, que ficou conhecida como a santa das causas impossíveis.

Conhecemos muitos detalhes de sua vida. Filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, nasceu em Roccaporena, próximo de Cássia, na Itália, no ano de 1381, e morreu no dia 22 de maio de 1457. Foi batizada com o nome de Margherita. Seus pais eram “pacificadores de Cristo” nas lutas políticas e familiares. Deram o melhor de si na educação da filha, ensinando-a inclusive a ler e escrever.
Seu grande desejo era consagrar-se à vida religiosa. Mas, segundo os costumes de seu tempo, ela foi entregue em matrimônio aos 16 anos e teve dois filhos, que tentou educar na fé e no amor.

A vida dela muda quando perde esses entes queridos. O marido foi assassinado, os filhos morreram de peste bubônica. Tendo perdido o marido e os filhos, entregou-se à oração, à penitência e às obras de caridade. Seu refúgio era Jesus Cristo. Tentou ser admitida no Convento Agostiniano em Cássia, mas foi rejeitada, no início, por ter sido casada. No entanto, não desistiu, manteve-se em oração, e foi aceita no convento por volta de 1441. Ela sempre teve uma vida de oração e uma ligação intensa com o símbolo da cruz.

Uma característica incomum em Santa Rita de Cássia é o fato de ter um “estigma”, isto é, uma ferida, causada de formas inexplicáveis, que representaria o sofrimento de Jesus Cristo na cruz. Orando aos pés da cruz, Santa Rita pediu para sentir um pouco da dor que Jesus sentiu na crucificação. Então, um espinho da coroa se desprendeu e cravou-se na testa da Santa e transformou-se em uma grande ferida, que só cicatrizou no dia de sua morte, exalando, então, um perfume de rosas.

Morreu com 76 anos, após uma enfermidade que a fez padecer por quatro anos. Foi venerada como santa imediatamente após a sua morte. Hoje, ela intercede pelos impossíveis de nossa vida sendo conhecida como a “Santa dos Impossíveis”. Essa associação com as causas dos impossíveis, se configurou por ela conseguir tudo o que pedia para Deus em sua rotina de oração. Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, e sua canonização se deu no ano de 1900.

A religiosa possui uma outra particularidade: o chamado “corpo incorrupto”, fenômeno que acontece quando o corpo não se decompõe, mesmo passado muito tempo da morte. O corpo de Rita, que permaneceu incorrupto ao longo dos séculos, é venerado hoje, intacto, no santuário de Cassia. Apenas suas roupas são trocadas, na medida em que se deterioram.
Santa Rita de Cássia é a padroeira de nossa Capela, inaugurada em 25 de dezembro de 1986, com o nome de “Casa de Oração”. Após uma reforma em 2000, passou a denominar-se Capela de Santa Rita de Cássia.

Oração à Santa Rita de Cássia para interceder nas “causas impossíveis”.

“Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, chamada santa das causas impossíveis, advogada dos casos desesperados, auxiliadora da última hora, refúgio e abrigo da dor que arrasta para o abismo do pecado e da desesperança, com toda a confiança em Vosso poder junto ao Coração Sagrado de Jesus, a Vós recorro no caso difícil e imprevisto, que dolorosamente oprime o meu coração. (Fazer o pedido)

Obtenha a graça que desejo, pois sendo-me necessária, eu a quero. Apresentada por Vós a minha oração, o meu pedido, por Vós que sois tão amada por Deus, certamente será atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para melhorar a minha vida e os meus costumes e para cantar na Terra e no Céu a Divina Misericórdia. Santa Rita das causas impossíveis, intercedei por nós! Amém”.


 

24 de maio – Aniversário do Círculo Militar de São Paulo

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a cidade de São Paulo recebeu centenas de imigrantes refugiados de países da Europa e oficiais da reserva convocados para o serviço ativo, que retornavam às suas atividades civis. Militares e civis reuniam-se com frequência na Praça do Patriarca e nas Arcadas do Largo de São Francisco, nascendo aí a ideia de instituir uma entidade que congregasse ambos os segmentos.

Assim, em 29 de novembro de 1947, sob a presidência do General Renato Paquet, Comandante da 2ª Região Militar, foi realizada a assembleia de fundação do Círculo Militar de São Paulo, na Biblioteca Municipal, com a participação de 300 oficiais, aclamado o dia 24 de maio de 1947 como data oficial de sua fundação, dia consagrado à Batalha de Tuiuti, uma das mais importantes batalhas da Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida em 1866. Sua finalidade era criar, na cidade de São Paulo, uma agremiação de caráter social, recreativo, desportivo, cultural e cívico, congregando oficiais das Forças Armadas e da Força Pública, bem como suas reservas, e civis de qualificação ilibada. Sua primeira sede localizava-se no edifício da rua João Brícola nº 24, 10º andar, sala 01, conhecido como Edifício do Banco do Estado (Banespa), que se tornou um marco na arquitetura da metrópole. Posteriormente, passou a funcionar em uma sede alugada, em edifício situado na Praça da República, realizando suas festas e bailes no Salão Internacional do Aeroporto de Congonhas, cedido pelo Governo do Estado de São Paulo.

Todavia, era imprescindível que tivesse sede própria e, para tanto, em 1956, iniciou-se uma campanha para obter um terreno, na área do Ibirapuera, tendo o Prefeito Ademar de Barros promulgado, em 15 de maio de 1957, a Lei nº 5.178/57, que autorizava a Prefeitura a ceder ao Círculo Militar, em comodato, a área pública municipal localizada na Rua Abílio Soares, contígua à Rua Curitiba, no subdistrito de Vila Mariana, em que até hoje se acha instalado.

Em 21 de abril de 1959, realizou-se a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova sede, com a presença de inúmeras autoridades, tanto militares como civis, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de personalidades da sociedade, da imprensa e do rádio. A partir de então, promoveram-se intensos esforços pelas sucessivas gestões para a construção das instalações do Círculo Militar.


 

Data Móvel: Dia das Mães (2º domingo do mês de maio)

O Dia das Mães surgiu nos Estados Unidos, no começo do século XX. Entretanto, os historiadores enxergam algumas semelhanças entre essa data comemorativa e algumas celebrações realizadas na Antiguidade clássica, na Grécia e em Roma, afirmando que festivais em homenagem à figura materna não são uma exclusividade do mundo contemporâneo. A popularização dessa data nos Estados Unidos fez com que ela chegasse ao Brasil. A primeira celebração do tipo aconteceu aqui em12 de maio de 1918, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Essa primeira vez foi promovida pela Associação Cristã dos Moços do Rio Grande do Sul.

O Dia das Mães foi oficializado no Brasil na década de 1930, quando o Presidente Getúlio Vargas emitiu um Decreto, por meio do qual, determinou o segundo domingo de maio como momento para comemorar os “sentimentos e virtudes” do amor materno.

Alguns outros países, também o celebram nessa data, mas cada país realiza a celebração no momento que acha apropriado. O importante é que essa figura tão importante na vida de todos seja homenageada da forma que merece, independentemente da data.


 

05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1974 pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizado na cidade de Estocolmo, Suécia, que teve a participação de representantes de 115 países e de diversas organizações de variados segmentos.

Esse evento ocorreu diante da preocupação crescente com a necessidade de uso sustentável dos recursos do planeta, e teve, como objetivo, a sensibilização e a elaboração de ações que visem à preservação ambiental. Sua Declaração Final apresenta princípios que abordam a necessidade de inspirar e guiar a população, em busca deste propósito.

A criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, coordena os trabalhos de ecossistemas, aspectos ambientais de catástrofes e conflitos, governança ambiental, mudanças climáticas, entre outras. A cada ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente tem um tema que reflete uma preocupação ambiental urgente. Além de um tema específico, o Dia do Meio Ambiente também tem, a cada ano, um país anfitrião, e é nesse país que ocorrem as celebrações globais.

Além das celebrações, diversas atividades são realizadas em todo mundo, com o intuito de sensibilizar os diversos segmentos da sociedade da necessidade de preservação. Assim, o tema escolhido para aquele ano é trabalhado de diversas maneiras pelas organizações envolvidas nos eventos, levando sempre em consideração o público-alvo.


 

12 de junho – Dia dos Namorados

O ato de comemorar o Dia dos Namorados remete à vida de um santo patrono da Igreja Católica conhecido como São Valentim, um padre que viveu no Império Romano durante o século III d.C. Naquela época, o Império Romano era governado pelo imperador Cláudio II, que proibiu os soldados de se casarem, pois via o casamento como um obstáculo para a adesão de novos soldados e desviava o foco dos soldados já convocados.

Entretanto, o padre Valentim passou a realizar casamentos secretos entre os soldados que queriam se casar. O imperador mandou que Valentim fosse preso e obrigado a renunciar à fé cristã. Como Valentim não se submeteu, foi apedrejado e decapitado em 14 de fevereiro. Após sua morte, as pessoas passaram a celebrar a sua memória por todo o serviço que ele havia realizado em benefício dos casais. Valentim foi canonizado por sua obra e por supostos milagres realizados em sua vida. E uma festa em homenagem a São Valentim é realizada todo dia 14 de fevereiro quando, em grande parte do mundo, se comemora o Dia dos Namorados. Nos EUA, a data é chamada de Valentine’s Day.

No Brasil, a data escolhida foi diferente, mas por questões comerciais. Aproveitando-se do fato de que o dia 13 de junho é a data de Santo Antônio, o santo casamenteiro, a véspera, 12 de junho começou a se popularizar no Brasil, para comemorar o Dia dos Namorados, sendo divulgada pelos publicitários e comerciantes para impulsionar as vendas, tendo se transformado em uma das maiores datas comemorativas do país. Mas nada impede que, nessa data, se comemore o amor e o afeto que existem entre um casal.


 

09 de julho – Dia da Revolução Constitucionalista

O Dia da Revolução Constitucionalista, é uma homenagem ao soldado constitucionalista que lutou pela queda da ditadura de Vargas. O episódio, também chamado de “Guerra Paulista”, foi o mais importante movimento ocorrido em São Paulo e o último grande combate armado do Brasil.

Getúlio Vargas assumiu a presidência do governo provisório nacional em novembro de 1930 com amplos poderes, colocando fim ao período denominado República Velha e à política do café com leite, na qual São Paulo e Minas Gerais se alternavam na indicação do presidente da República. Assumiu o compromisso de convocação de novas eleições e a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a promulgação de uma nova Constituição, porém, nos anos subsequentes, essa expectativa deu lugar a um sentimento de frustração, pelo não cumprimento dessas promessas, acumulado ao ressentimento contra o governo provisório, principalmente no Estado de São Paulo.

O grande estopim que inflamou o sentimento de revolta da população de São Paulo foi o assassinato de quatro estudantes paulistas por policiais, em um conflito no dia 23 de maio, data que também entrou para a história do Estado. As iniciais dos nomes dos jovens: M.M.D.C. – Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo – tornaram-se o símbolo da revolução e batizou o movimento.
A exigência por uma nova Constituição era prioridade para a sociedade de São Paulo, que iniciou a revolução oficialmente no dia 9 de julho de 1932, combatendo contra o governo nacional durante três meses. O combate chegou ao fim em 2 de outubro de 1932, com a rendição dos paulistas.

Na capital paulista, o Obelisco do Ibirapuera é um marco construído para simbolizar a dor da perda da vida dos estudantes.


 

26 de julho -Dia dos Avós

No Brasil e em Portugal, o dia 26 de julho é a data comemorativa, de origens religiosas, escolhida para homenagear pessoas muito especiais: os Avós.
Este é o Dia de Sant’Ana e de São Joaquim. Na tradição católica eles são os pais de Maria e, portanto, os avós de Jesus.
Ana e Joaquim sonhavam em ter um filho mas, durante vinte anos, não obtiveram sucesso. Já com idade avançada, Joaquim jejuou por 40 dias e 40 noites, esperando que Deus o ajudasse a ser pai. Ana acreditou que o marido tivesse morrido, e orou fervorosamente, pedindo pela vida de Joaquim. Anjos então apareceram para os dois, garantindo que eles teriam, sim, uma filha. Então Ana engravidou, e dela nasceu Maria, e de Maria nasceu Jesus. Por isso, hoje, Sant’Ana e São Joaquim são considerados padroeiros dos avós.
A despeito da adesão ou não à tradição dos santos católicos, bem como da inserção da figura dos avós de Jesus nessa tradição, essas figuras dizem muito sobre o papel fundamental dos avós na estruturação de uma família, sendo fonte de inspiração e de sabedoria.
Além disso, a figura dos avós revela aos jovens o seu próprio futuro, isto é, dá-lhes a imagem do que um dia serão.


 

22 de agosto – Dia do Folclore

A palavra “folclore” teve origem no idioma inglês e vem da expressão “folk-lore”, onde “folk” significa povo e “lore” significa saber ou conhecimento. Assim, o significado seria “saber tradicional de um povo”.

O Dia do Folclore foi criado com o objetivo de garantir a preservação do acervo que forma o folclore brasileiro, que é de uma riqueza notável, como resultado da influência de culturas de diferentes povos indígenas, africanos e europeus, sobretudo os portugueses., e também de incentivar os estudos na área.

Essa riqueza de histórias, práticas e crendices do nosso folclore começou a ser estudada de maneira organizada a partir do século XIX, e hoje é uma importante área vinculada com as ciências sociais, as ciências humanas e a antropologia e sua importância é reforçada frequentemente nas escolas, sobretudo naquelas que trabalham com ensino infantil.

No Dia do Folclore, são relembrados os elementos mais importantes da cultura popular brasileira, como as danças e ritmos (o frevo, o maracatu, o baião, o forró, a catira…), as festas (o Carnaval, o Bumba Meu Boi, a Festa Junina…) e os personagens sobrenaturais que povoam as lendas e superstições das pessoas de determinadas regiões (o Saci, o Curupira, a Iara, o Boitatá, o Negrinho do Pastoreiro, a Mula Sem Cabeça, o Lobisomem, o Boto Cor de Rosa…).

Muitos escritores extraem do folclore a base para suas obras. É o caso do paraibano Ariano Suassuna, e do paulista Monteiro Lobato. Entre os folcloristas brasileiros, os mais notáveis são Mário de Andrade e Luís da Câmara Cascudo. Desse último partiu a realização do Dicionário do Folclore Brasileiro, uma obra de referência que é responsável por manter viva a cultura popular das várias regiões do Brasil.


 

Data Móvel: Dia dos Pais (2º domingo do mês de agosto)

Existe uma tradição que diz que essa comemoração se originou na Babilônia, há mais de quatro mil anos, quando o jovem filho de Nabucodonosor, teria moldado em argila o primeiro cartão do Dia dos Pais. No objeto preparado para o pai, ele teria desejado sorte, saúde e vida-longa.

Nos tempos atuais, a ideia de comemorar o Dia dos Pais surgiu nos Estados Unidos, no ano de 1909, quando a filha de um ex-combatente da Guerra Civil Americana, resolveu homenagear seu pai.
Assim como no caso do Dia das Mães, a data foi pensada com o intuito de fortalecer os laços familiares. A data difundiu-se por todas as regiões dos Estados Unidos, onde é celebrado no terceiro domingo do mês junho. Ao redor do mundo as comemorações são feitas em datas diferentes, conforme a história de cada país.

No Brasil, a implementação da data (que homenageava São Joaquim, pai da Virgem Maria, cujo dia era comemorado em 16 de agosto, antes de ser transferido para o 26 de julho, junto com Sant’Ana) teve o propósito de divulgar anúncios de produtos que poderiam ser dados de presente. Desde então, o Dia dos Pais no Brasil passou a ser comemorado no segundo domingo do mês agosto, como permanece até hoje.


 

07 de setembro – Independência do Brasil

No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou o grito de independência às margens do rio Ipiranga e o Brasil se consolidou como uma nação independente. Esse acontecimento foi um dos mais importantes da história do nosso país, pois corresponde ao fim do domínio português sobre o Brasil, principalmente nas relações econômicas e políticas, embora só em 1825, após mediação da Inglaterra, Portugal tenha reconhecido a Independência do Brasil, através do Tratado de Paz e Aliança.

O grito da independência, entoado em São Paulo, teve um longo processo iniciado em 1808, após a fuga da família real portuguesa para o Brasil em função do Bloqueio Continental ordenado por Napoleão Bonaparte. Em 1815, o Brasil ascendeu para a condição de reino, deixando de ser uma colônia. A permanência da família real no Brasil perdurou até 1821, quando D. João retornou a Lisboa e seu filho mais velho, D. Pedro I foi designado príncipe regente. Querendo recolonizar o Brasil, D. João recomendou a volta de D. Pedro a Portugal com o pretexto de que o príncipe regente precisava terminar a preparação acadêmica. A elite agrária, percebendo uma tentativa de recolonização e uma possível perda dos direitos adquiridos, movimentou-se pela permanência de D. Pedro, movimento este que redundou no Dia do Fico, após o qual foi decretado o “Cumpra-se”, determinando que todas as ordens emitidas em Portugal só teriam legalidade no Brasil se fossem validadas pelo príncipe regente.

Em junho de 1822, foi decretada a convocação para a formação de uma Assembleia Constituinte no Brasil, com a tarefa de elaborar uma Constituição para o Reino do Brasil, antes da independência política de Portugal. Ambas as medidas reforçaram a visão de que D. Pedro possuía apoio interno suficiente para desafiar a Corte portuguesa, que permaneceu irredutível diante dos interesses brasileiros.

Em 28 de agosto, novas ordens de Lisboa chegaram ao país: D. Pedro deveria retornar imediatamente a Portugal, os privilégios da abertura do país seriam revogados e os ministros de D. Pedro presos por traição. A ordem convenceu a imperatriz Maria Leopoldina de que a ruptura entre Brasil e Portugal deveria acontecer imediatamente e, em 2 de setembro, ela assinou o decreto de independência para, logo em seguida, despachá-lo com urgência para D. Pedro, que estava em viagem a São Paulo. O príncipe regente foi alcançado no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga e, após a leitura do documento, declarou “Independência ou Morte”.


 

20 de setembro – Revolução Farroupilha

A Guerra dos Farrapos, também chamada de Revolução Farroupilha, foi uma guerra civil iniciada em 20 de setembro de 1835 e que opôs a elite rural gaúcha ao governo imperial. Foi a guerra civil mais duradoura da história do Brasil. As principais razões da revolta foram os pesados impostos cobrados pelo governo, que tornavam alguns produtos gaúchos, sobretudo o charque (carne seca), pouco competitivos no mercado interno, a insatisfação com a falta de autonomia da província em relação ao governo central e a influência das ideias liberais.

Liderada pelo militar Bento Gonçalves (1788-1847), a revolta iniciou-se com a invasão e a conquista de Porto Alegre, então capital da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Chegou a ser proclamada a República Rio-Grandense, também chamada de República de Piratini e, com a criação de um estado-nação, a revolta farroupilha ganhou contornos separatistas. Em 1839, sob a liderança do italiano Giuseppe Garibaldi, que se encontrava exilado no Brasil, por ter sido condenado à morte na Itália por participar de uma conspiração de caráter republicano, os farroupilhas conseguem estender a revolta para além das fronteiras gaúchas. As lideranças farroupilhas cooptavam escravizados com a promessa de liberdade em caso de vitória.

Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, mais tarde tornado Duque de Caxias (1803-1880), é nomeado para o posto de comandante das armas do Rio Grande do Sul com a clara missão de debelar a revolta e, na maioria dos combates, o desfecho foi positivo para o exército imperial.

Foram quase 10 anos de conflitos e tentativas de negociação, até que no dia 1º de março de 1845 foi assinado o Tratado de Ponche Verde, que selou a paz entre os farroupilhas e o governo central. O Rio Grande do Sul foi definitivamente integrado ao território nacional, e algumas reivindicações dos revoltosos foram atendidas, dentre as quais a maior taxação do charque estrangeiro.


 

21 de setembro – Dia da Árvore

Esta data foi escolhida por anteceder o início da primavera no Hemisfério Sul, e seu objetivo é conscientizar sobre a importância da preservação das árvores e das florestas, e incentivar a proteção do meio ambiente com atitudes que tragam benefícios à natureza. Como o Dia da Árvore é comemorado mundialmente com a chegada da primavera, os países adéquam esse dia em função de suas estações.

Tudo começou em 1872 quando o americano Julius Sterling Morton (1832-1902), plantando muitas árvores no Estado em que vivia, criou o “Day Arbor”, que foi um marco ecológico para a conscientização sobre o impacto gerado pela remoção de árvores na natureza, e como isso afeta a vida a longo prazo, e sobre a importância da preservação das espécies arbóreas.|

O Ipê-amarelo foi escolhido como símbolo no nosso país, pois quando suas flores amarelas caem no chão, principalmente em locais com grama verde, lembra-se da bandeira do Brasil.
Atividades para o Dia da Árvore


 

12 de outubro – Dia da Criança

Nosso país foi um dos primeiros a comemorar essa data e, desde 1924 o calendário brasileiro tem um dia especialmente dedicado às crianças.

Para entender a história da instituição desse dia no Brasil e sua popularização, é importante conhecer um pouco do conceito de infância no mundo ocidental. O conceito de infância ou de criança, começou a ser formulado no século XVIII, mas só foi solidificado no século XIX, com a crise social deflagrada pela Primeira Guerra Mundial, que deixou milhares de crianças órfãs e abandonadas. As reflexões sobre a infância tornaram-se mais relevantes e incisivas e, nesse contexto, muitos países começaram a se dedicar ao estudo sobre a criança.

Em 1923, aproveitando essa atmosfera reflexiva, houve a proposta, no Brasil, da criação de um dia nacional dedicado à criança. O Dia da Criança em 12 de outubro foi oficializado em 1924, mas não teve repercussão imediata, tornando-se popular só após 1950, quando produtores de artigos infantis investiram em campanhas de divulgação.


 

12 de outubro – Dia de Nossa Senhora Aparecida

Relatos históricos dizem que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul, em Porto Itaguaçu, hoje município de Aparecida, em São Paulo, na segunda quinzena de outubro de 1717, pelos pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia. Durante uma pescaria e após várias tentativas sem sucesso, eles apanharam na rede a imagem, porém, faltando a cabeça. Lançaram de novo a rede e, desta vez, veio a cabeça, que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Após esse achado, eles apanharam tamanha quantidade de peixes que tiveram que retornar com medo de a canoa virar. Os pescadores chegaram ao porto eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.

A imagem ficou na casa de Filipe Pedroso por 15 anos. Ali, os amigos e vizinhos se encontravam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil afora. Então, construíram um pequeno oratório que, em pouco tempo já não comportava o grande número de fiéis que para lá acorria e, em 1745, uma primeira capela. Em 1822, o imperador Dom Pedro I, com uma grande comitiva, fizeram uma visita à capela para homenagear a imagem milagrosa da Senhora de Aparecida. Em 1834, tiveram início as obras da igreja que é conhecida hoje como Basílica Velha.

Em 1888, a Princesa Isabel ofereceu à santa uma bela coroa feita de ouro, enfeitada com rubis e diamantes e o manto azul anil, bordado com ouro e pedras preciosas. Era o cumprimento da promessa feita 20 anos antes, na primeira visita feita à imagem. A imagem foi solenemente coroada – com a coroa que a Princesa Isabel doou – em 1904.

Em 1930, o Papa Pio XI decreta Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil e, em 1980, o dia 12 de outubro é decretado oficialmente como feriado nacional, dia de devoção à Senhora de Aparecida, que também é oficialmente reconhecida Maria como a Padroeira do Brasil.

O fenômeno de Aparecida é impressionante. O número de romeiros cresce, cresce, cresce. Milhares de graças e milagres são relatados ano após ano. Por isso, uma nova basílica, bem maior, começou a ser construída em 1955 para acolher o numeroso fluxo de romeiros vindos de todo o país. Em 1980, numa celebração eucarística solenemente conduzida pelo Papa João Paulo II, a Basílica de Nossa Senhora Aparecida foi finalmente consagrada. O santuário de Aparecida é a maior basílica do mundo dedicada à Maria Mãe de Deus.

Oração a Nossa Senhora Aparecida

“Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida. Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e Consolação dos aflitos e atribulados, ó Virgem Santíssima; cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades. Lembrai-vos, clementíssima Mãe Aparecida, que não se consta que de todos os que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós algum abandonado.  Animado com esta confiança a vós recorro: tomo-vos de hoje para sempre por minha Mãe, minha protetora, minha consolação e guia, minha esperança e minha luz na hora da morte. Assim pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Filho meu Redentor e Senhor Jesus Cristo. Virgem bendita, preservai este vosso indigno servo, esta casa e seus habitantes, da peste, fome, guerra, raios, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar. Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negócios espirituais e temporais; livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, pelos merecimentos da vossa puríssima Virgindade e do preciosíssimo Sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar e gozar na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém”.


 

15 de outubro – Dia do Professor

Este dia é, tradicionalmente, consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila, freira carmelita, mística e santa católica do século XVI, importante por suas obras sobre a vida contemplativa por meio da oração mental.

A data também faz referência ao dia em que D. Pedro I, Imperador do Brasil, no ano de 1827, baixou um decreto imperial, criando o Ensino Elementar no Brasil. A primeira grande contribuição da lei, foi a determinação que obrigava as Escolas de Primeiras Letras (fase hoje conhecida como Ensino Fundamental) a ensinarem para meninas e meninos a leitura, a escrita e as quatro operações de cálculo. Graças ao decreto, as primeiras escolas primárias do país chegaram a todas as vilas, cidades e lugares mais populosos do Brasil, fato que contribuiu para a difusão do saber escolarizado.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira homenagem e comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor. Começou em São Paulo, em uma pequena escola, onde alguns professores tiveram a ideia de organizar um dia de descanso, de congraçamento e de troca de ideias com os pais, para a análise conjunta do conteúdo do aprendizado e de rumos no ensino para o restante do ano. Foi sugerido que o encontro se chamasse “Dia do Professor” e se desse no dia de 15 de outubro. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça – inclusive dos pais. É deste encontro, a célebre frase do Professor Salomão Becker: “Professor é profissão. Educador é missão. Em educação, não avançar já é retroceder. Professor, a profissão que dá origem a todas as outras”.

A comemoração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país a partir daí. No ano seguinte, 1948, na Capital de São Paulo, dezenas de escolas já celebravam a data. No Brasil, a data se torna oficial nacionalmente como feriado escolar em 1963.


 

24 de outubro – Revolução de 1930

A Revolução de 1930 foi uma revolta armada organizada pelas oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba contra o governo vigente. Essa revolta armada ocorreu por insatisfações das três oligarquias citadas com o domínio excessivo dos paulistas sobre a política.

Essas oligarquias dissidentes uniram-se e lançaram uma chapa eleitoral que ficou conhecida como Aliança Liberal, que também contou com a adesão dos tenentistas.
No final, prevaleceu o poder da oligarquia paulista. No entanto, havia membros da Aliança Liberal que não estavam satisfeitos com a derrota e partiram para a conspiração a fim de derrubar os paulistas do poder.

Assim, espalharam-se pelo Brasil rumores de que uma conspiração estava em curso e os envolvidos preparavam-se comprando armas de maneira clandestina. Faltava, porém, um estopim que mobilizasse todos os grupos insatisfeitos em um fervor revolucionário. Esse estopim ocorreu no dia 26 de julho de 1930, quando João Pessoa, o vice da candidatura da Aliança Liberal, foi assassinado no Recife, não só por questões políticas, mas pessoais. O assassinato foi utilizado de maneira política pelos membros revolucionários da Aliança Liberal. A partir daí, a articulação aumentou de maneira considerável, levando ao início de um levante armado contra o presidente Washington Luís, que foi deposto no dia 24 de outubro de 1930.

Uma Junta de Governo Provisório assumiu o comando do Brasil e, no dia 3 de novembro de 1930, transmitiu o poder para Getúlio Vargas como presidente provisório do Brasil. Tinha início a Era Vargas.


 

31 de outubro – Dia das Bruxas (Halloween)

O Halloween tem suas raízes no Reino Unido, e era celebrada pelos povos celtas que viveram na região em que hoje ficam a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda.

As primeiras comemorações do Halloween surgiram há mais de 2,5 mil anos A.C., no fim da temporada do sol, quando chegava o inverno e a terra congelava. Eles acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro no antigo calendário celta) abria-se um portal entre o mundo dos mortos e dos vivos, e os mortos e espíritos malignos saíam de suas tumbas para atormentar os vivos, retornavam para visitar suas casas, amaldiçoar seus animais e suas colheitas. Todos tinham muito medo e, para assustar estes fantasmas e ao mesmo tempo se protegerem, os celtas decoravam suas casas com objetos macabros, como caveiras e ossos, depois se vestiam com máscaras e fantasias para não parecerem humanos e, assim, despistarem os espíritos malignos. Agindo dessa forma, acreditavam que afugentariam os espíritos que se apoderavam das pessoas.

Segundo a lenda, a famosa frase “Gostosuras ou travessuras?” (“Trick or Treat?”) surgiu na Irlanda, onde procissões eram feitas para arrecadar oferendas de agricultores, para que suas colheitas não fossem amaldiçoadas por demônios.

Na Europa, durante a Idade Média, esta festa foi condenada quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Todos que a comemoravam eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição, acusados de bruxaria e prática de magia negra.

Os irlandeses levaram o Halloween para os Estados Unidos em 1845, durante o período conhecido na Irlanda como a Grande fome. Um milhão de pessoas migraram para o país, levando com elas suas histórias e tradições. A celebração tornou-se, então, uma das principais festividades da cultura norte-americana. As tradições uniam brincadeiras comuns no Reino Unido rural com rituais de colheita americanos. Foi assim que, nos Estados Unidos, a abóbora passou a ser sinônimo da festividade.

Etimologicamente, a palavra “halloween” é derivada da expressão em inglês “hallow evening”, derivada de “All Hallows’ Eve” (Véspera de todos os santos). Assim, o termo designava a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro.

O Dia das Bruxas se espalhou por todo o mundo, mesmo sendo considerado parte de uma cultura tipicamente americana e irlandesa. Assim, adaptou-se através do sincretismo das superstições e lendas de cada região, com o conceito moderno norte-americano do Halloween.

No Brasil, a festa não possui o mesmo significado e valor cultural dos países do hemisfério norte. Aqui, a comemoração da data é recente, trazida, principalmente, por cursos de idioma que promovem a data como forma de inserir os alunos na cultura dos países de língua inglesa. O comércio aproveita a data para fazer decoração com a temática de monstros, vampiros, bruxas etc., e festas a fantasia, apesar de haver uma forte resistência em algumas regiões do Brasil sobre a comemoração da data. Alguns argumentam que o país é muito rico em cultura popular para celebrar uma cultura estrangeira e ignorar a própria história e identidade.

Devido à polêmica, foi criado o “Dia do Saci”, também comemorado no dia 31 de outubro. É uma “resistência pacífica” à cultura americanizada do Dia das Bruxas, uma forma de valorizar as lendas brasileiras.


 

01 de novembro – Dia de Todos os Santos

Esta é uma festa celebrada por muitas igrejas da religião cristã, para honrar a todos os santos, conhecidos e desconhecidos, com a certeza de que eles já estão com Cristo no céu, e assim intercedem a nosso favor.

A Igreja Católica celebra a Festum Omnium Sanctorum (Festa de Todos os Santos) em 01 de novembro. A Igreja Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes, fechando a época litúrgica da Páscoa, tal como a Igreja Católica Oriental. Na Igreja Luterana, o dia celebrado é também 01 de novembro, principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou. O significado da celebração é quase idêntico ao de todas as igrejas cristãs.

A comemoração regular começou quando, em maio de 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão (templo romano em honra a todos os deuses) a Maria e a todos os mártires. A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741) dedicou uma capela em Roma a Todos os Santos, e ordenou que eles fossem homenageados em 01 de novembro.

Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção desta celebração é ressaltar o chamamento de Cristo a cada pessoa, para o seguir e ser santo, à imagem de Deus.


 

02 de novembro – Dia de Finados

O Dia de Finados celebrado pelo cristianismo como conhecemos hoje foi instituído pela primeira vez na França, no século X. Um abade sugeriu, no dia 02 de novembro de 998, que todos dedicassem aquela data para orar pelas almas dos que já se foram, para resgatar um dos elementos principais da fé católica: a perspectiva de que boa parte das almas dos mortos está no Purgatório em um processo de purificação antes de ascender ao Paraíso e, desta maneira, precisam de nossas preces e orações.

O Dia de Finados não é exclusivo da religião católica. Os mortos são homenageados em um dia específico em muitas religiões. As igrejas Anglicana, Luterana, Metodista e Ortodoxa Oriental também celebram o Dia de Finados.

Cada parte do mundo celebra a data de uma maneira diferente, de acordo com suas crenças.

Em alguns países, como o México, o Día de los Muertos celebra os ciclos da vida e da morte, fazendo uma homenagem direta àqueles que já morreram. Esta celebração também ocorre em muitos outros países influenciados pela forte presença de imigrantes mexicanos, com os Estados Unidos, Canadá e América Central. No México, a data é famosa pelo uso das caveiras coloridas pintadas e ornamentadas.

Na Indonésia, acontece um ritual chamado Ma’nene, que consiste em vestir o morto com diferentes roupas. No Haiti, é muito comum ir para perto do cemitério e fazer uma batucada com grandes tambores à noite para despertar o Deus dos mortos.

No Japão, o Festival Obon, que é o mais longo festival japonês tem, como objetivo, homenagear os ancestrais. O ritual se baseia na crença de que durante os dias do festival os espíritos retornam para o mundo dos vivos para visitar a família. Seguindo a tradição, todos acendem lanternas e as penduram na frente das casas, para que possam guiar os espíritos dos antepassados no caminho de retorno de volta aos seus lares. Depois, em uma cerimônia, lanternas de papel com o nome dos falecidos homenageados, são depositadas nos rios, lagos e mares.

Na China, o Festival Ching Ming é um momento em que as famílias se reúnem para prestar homenagens aos antepassados e entes queridos já falecidos, queimando fogos de artifício, visitando os túmulos, realizando a limpeza, e enfeitando a sepultura. As famílias costumam colocar na lápide comidas, em oferenda ao seu ente querido que faleceu. Acreditam que tudo o que é ofertado ao parente nesta data é recebido por ele do outro lado da vida, e os dias do festival são reservados para reforçar a honra e o respeito para com a família e para a memória dos familiares que já partiram.
O Pitru Paksa é nome da comemoração do Dia de Finados realizada na Índia. Os indianos acreditam que esta celebração conduz ao equilíbrio com as forças da natureza, pois todas as almas, tanto as do nosso mundo quanto as almas dos que já partiram, fazem parte da mesma força vital, que é a base da criação. Nesta crença, fazer e receber orações traz boas energias para a nossa vida e para os nossos ancestrais.

No Brasil, o Dia de Finados é um dia de pensamentos e lembranças daqueles que partiram e de valorização da vida. Aqui, a tradição é ir ao cemitério visitar o túmulo dos entes queridos, cuidar do túmulo, deixar-lhes flores, fazer orações por eles e recordar a vida de quem já não está entre nós. Neste dia, também é costume ver pessoas indo às igrejas e celebrando missas pelas pessoas que já se foram.

O Dia de Finados é uma data importante para homenagear a vida e agradecer o legado daqueles que jamais serão esquecidos. Por isso, podemos considerar as seguintes sugestões para o Dia de Finados:
Honre todos os sentimentos que aparecerem e dê nome a eles.

Você pode estar alegre, triste, com raiva, ou muita saudade. Todos os sentimentos são legítimos, pois o luto é muito individual e particular.

Agradeça o privilégio de ter vivido com essa pessoa, que hoje está ausente no mundo físico, mas nunca desaparecerá da sua memória.

Tudo bem se sentir triste, mas em vez de “morrer de saudade”, que você possa “viver a saudade” trazendo lembranças engraçadas, frases que a pessoa gostava de dizer, e momentos alegres que viveram juntos.

Gratidão é um sentimento que vamos construindo ao longo do nosso caminho existencial. Reverenciar a sua vida e a vida dos que estão em seu entorno é um ritual de grande importância, pois uma vez que vivemos uma perda, temos ciência de que a vida é passageira e devemos viver todos os dias como se fosse o último.


 

15 de novembro – Proclamação da República

A Proclamação da República aconteceu no dia 15 de novembro de 1889 e foi resultado de um longo processo de crise da monarquia no Brasil, que começou a entrar em decadência logo após o fim da Guerra do Paraguai, em 1870. A exigência pela modernização do país fez com que muitos civis e militares enxergassem na república a solução para o país, uma vez que a monarquia começou a ser considerada como incapaz de atender aos interesses e às demandas da sociedade brasileira.

Uma série de novas ideias políticas surgiu e ganhou força por meio do movimento republicano, estruturado oficialmente a partir de 1870, quando foi lançado o Manifesto Republicano. A questão abolicionista também somou forças ao movimento. Ao redor das ideias republicanas, formou-se um grupo consistente de civis e militares insatisfeitos com a monarquia, fortalecido por um descontentamento entre elites emergentes com a sub-representação na política da monarquia, principalmente da província de São Paulo que já havia se colocado como o grande centro econômico do Brasil.

A década de 1890 ficou marcada por ser um período de disputa entre republicanos e monarquistas. As manifestações públicas começaram a se tornar comuns, e críticas ao imperador cresciam. O Brasil estava em um caminho sem volta, pois os grupos de insatisfeitos eram numerosos. Esses grupos se uniram, derrubaram a monarquia e expulsaram a família real do Brasil.
Em novembro de 1889, a conspiração estava em curso e contava com nomes como Aristides Lobo, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Sólon Ribeiro, entre outros. O que faltava era a adesão do Marechal Deodoro da Fonseca, um militar influente e primeiro presidente do Clube Militar. Em 10 de novembro, os grupos contra a monarquia se reuniram com Deodoro para convencê-lo a tomar participação no movimento.

Uma das primeiras ações em 15 de novembro foi a aglomeração de tropas sob liderança de Deodoro da Fonseca no Campo do Santana, com a derrubada do gabinete ministerial. Republicanos decidiram realizar uma sessão extraordinária na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para que fosse realizada uma solenidade de Proclamação da República, que foi anunciada pelo vereador José do Patrocínio.
Durante essa sucessão de acontecimentos, foi organizada uma tentativa de resistência sob a liderança de André Rebouças e Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel, mas essa resistência fracassou. O imperador D. Pedro II permaneceu crente de que a situação seria facilmente resolvida, mas não foi assim que aconteceu.

Um governo provisório foi formado, Marechal Deodoro da Fonseca foi nomeado como presidente do Brasil e outros envolvidos assumiram pastas importantes no governo. A família real foi expulsa no dia 16 de novembro e todos embarcaram com seus bens para a cidade de Lisboa, em Portugal.

A Proclamação da República mudou radicalmente a história brasileira. Trocaram-se os símbolos nacionais e novos heróis, como Tiradentes, foram estabelecidos. A atual bandeira foi implantada por meio de uma lei decretada logo após a Proclamação da República, em 1889. O Brasil se tornou um Estado laico, e o presidencialismo tornou-se o sistema de governo. A organização da República tomou forma quando foi promulgada uma nova Constituição no ano de 1889.


 

19 de novembro – Dia da Bandeira

A comemoração do Dia da Bandeira remete à instituição da República em nosso país, no ano de 1889. A nova bandeira, tal como a conhecemos hoje, foi concebida no dia 19 de novembro, por Raimundo Teixeira Mendes. A última alteração realizada na bandeira do Brasil aconteceu em maio de 1992, quando novas estrelas foram acrescentadas.

A bandeira é um dos símbolos máximos de uma nação, aquele que mais fica em evidência, que representa efetivamente o país. Essa importância explica, em grande parte, a urgência dos republicanos em reformularem a bandeira nacional. A bandeira antiga representava o Império, trazendo em seu centro um brasão com a imagem da coroa e da cruz, símbolos que se tornaram indesejáveis para os republicanos, já que o presidencialismo era o novo regime instituído.

Entretanto, mesmo rejeitando o brasão imperial, Raimundo Teixeira Mendes e seus auxiliares Miguel de Lemos, Manuel Reis e Décio Villares, retirando o brasão, tomaram o fundo verde e o losango dourado da bandeira imperial como base para a nova bandeira.

No lugar do brasão, foi colocado um círculo azul marcado com as estrelas que seriam as mesmas do céu do Rio de Janeiro na noite de 15 de novembro de 1889 (essas estrelas seriam associadas posteriormente aos Estados da Federação). Sobre o círculo azul, foi colocada uma faixa branca com a frase: “Ordem e Progresso”. Essa frase é uma referência ao pensamento do filósofo positivista francês Auguste Comte, cuja influência foi extremamente importante entre os republicanos brasileiros.

As cores de fundo da bandeira, o amarelo e o verde, por influência de alguns poetas românticos, também republicanos, e sobretudo por obra dos políticos que instituíram a República, passaram a se associar unicamente às características naturais do Brasil, como as florestas frondosas e a riqueza da flora e da fauna, representadas pelo verde, e as riquezas minerais, a opulência do ciclo do ouro, representados pela cor amarela. Essas transformações simbólicas, pelas quais passou nossa bandeira nacional, fazem do dia 19 de novembro uma ocasião importante para refletirmos a respeito de nossa história e da importância dos símbolos na compreensão do passado de uma nação.


Antiga Bandeira Nacional


A Bandeira Nacional após a Proclamação da República


 

20 de novembro – Dia de Zumbi dos Palmares (Dia Nacional da Consciência Negra)

Zumbi, também conhecido como Zumbi dos Palmares, foi um líder quilombola brasileiro, o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial. Ele é considerado símbolo da luta contra a escravidão, tendo lutado também pela liberdade de culto religioso e pela prática da cultura africana no País. O dia de sua morte, 20 de novembro de 1695, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra, criado em 2003 e oficialmente instituído em âmbito nacional em 2011.

O Dia Nacional da Consciência Negra é uma data de celebração e de conscientização sobre a força, a resistência e o sofrimento que a população negra viveu no Brasil desde a colonização. Durante o período colonial, milhões de africanos foram trazidos para o Brasil para servirem na condição de escravos, trabalhando primeiramente em lavouras de cana-de-açúcar e no serviço doméstico, e posteriormente na mineração e em outras lavouras.

O Dia da Consciência Negra é considerado importante no reconhecimento dos descendentes africanos na construção da sociedade brasileira. A ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade e, dentre outras coisas, suscita questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, e a cultura afro-brasileira, assim como a promoção de atividades que valorizam a cultura africana.


 

10 de dezembro – Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento marco na história mundial que estabeleceu, pela primeira vez, normas comuns de proteção aos direitos da pessoa humana, a serem seguidas por todos os povos e todas as nações. Ela delineia os direitos humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948 e inspirou as constituições de muitos Estados democráticos, como o próprio Brasil. O documento foi elaborado principalmente pelo canadense John Peters Humphrey, contando também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo.

Abalados pela recente barbárie da Segunda Guerra Mundial, e com o intuito de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por Estados Unidos e União Soviética, estabeleceram, na Conferência de Yalta, na Rússia, em 1945, as bases de uma futura paz mundial, definindo áreas de influência das potências, e acertando a criação de uma organização multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais, para evitar guerras, promover a paz, a democracia, e ser uma base para os direitos humanos em todo o mundo, como “o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações”.

Segundo o Guinness Book of World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento traduzido no maior número de línguas, sendo disponível em 525 idiomas.


 

25 de dezembro – Natal

O Natal é um dos momentos mais importantes do cristianismo, que celebra o nascimento do menino Jesus, filho de Maria e José, evento que aconteceu em Belém, na atual Palestina. Essa data tão importante, é comemorada no dia 25 de dezembro. Apesar de ser uma festividade cristã, o Natal também é celebrado secularmente como momento de ressaltar valores. A festa está centralizada no nascimento, por isto nos convida a renovar os nossos sentimentos de esperança, paz e amor e faz renascer a união na família e entre amigos, com atitudes de generosidade.
O Natal é um período marcado por muitas tradições que incluem o Presépio, as decorações natalinas, a Árvore de Natal, O Papai Noel, a troca de presentes e a realização da Ceia de Natal. No aspecto religioso, a Igreja Católica também realiza uma missa conhecida como Missa do Galo, celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e realizada na véspera de Natal, iniciando-se exatamente à meia-noite do dia 25 de dezembro, em comemoração ao nascimento de Jesus.

O Presépio é aquela representação, em escultura, do nascimento de Jesus em uma manjedoura. Essa é uma prática muito comum entre os cristãos e foi criada por São Francisco de Assis, em 1223, durante uma pregação natalina no interior da Itália, para facilitar a compreensão daqueles que ouviam sua pregação sobre o nascimento de Jesus. A prática caiu nas graças da população, espalhou-se pela Europa e permanece até hoje.

A apresentação da Árvore de Natal é uma prática originária da Antiguidade, que tomava a árvore como uma parte importante de rituais religiosos e, provavelmente, inspirou-se em uma celebração dos nórdicos antigos que celebravam o período do solstício de inverno (21 de dezembro). Nessa festividade nórdica, era utilizado um pinheiro como decoração, como um importante símbolo de fertilidade, porque o pinheiro é a única árvore que consegue manter suas folhas mesmo no frio intenso. Assim, simboliza vida e esperança. Ela é decorada com estrelas, sinos, bolas e velas. As estrelas representam a indicação do caminho que leva a Jesus. O sino de Natal é o símbolo que representa o anúncio do nascimento de Jesus e as bolas representam os frutos das árvores. As velas são para representar a luz que o nascimento de Jesus traz para a vida das pessoas, porque ele veio para dissipar as trevas, a escuridão.

O Papai Noel é uma figura muito simbólica, que realiza a distribuição de presentes. A origem cristã do Papai Noel remonta a São Nicolau, bispo de Mira que viveu na região da atual Turquia nos séculos III e IV. Ficou conhecido por ser uma figura extremamente generosa que usou sua herança familiar para distribuir presentes e ajudar os que necessitavam de dinheiro e de alimentos. Sua generosidade acabou fazendo com que ele ficasse conhecido como amigo das crianças.

A Ceia representa a confraternização e união das famílias. O costume de reunir os amigos e familiares à volta da mesa para comemorar o nascimento de Jesus vem da Europa, onde as pessoas abriam as portas das suas casas para receber viajantes e oferecer-lhes uma refeição na véspera de Natal. E os presentes são um costume que se relaciona com os Reis Magos, os quais levaram a Jesus ouro, incenso e mirra, cada qual com um significado próprio: o ouro simboliza a realeza; o incenso, a divindade; e a mirra, os aspectos humanos de Jesus.