Brasilidade – Marinha do Brasil

DATAS COMEMORATIVAS TRADICIONAIS PARA AS FORÇAS ARMADAS
MARINHA DO BRASIL

03 de março – Dia do Corpo de Intendentes da Marinha

A Intendência da Marinha remonta ao Brasil Colônia, tendo a finalidade de planejar e fornecer o necessário à construção Naval. O Corpo de Intendentes da Marinha é o corpo de oficiais da Marinha do Brasil que exercem cargos relativos à aplicação e ao preparo do Poder Naval, que visem ao atendimento das atividades logísticas e das relacionadas com a economia, as finanças, o patrimônio, a administração e o controle interno

Os oficiais do Corpo de Intendentes são formados pela Escola Naval ou admitidos com graduação em Economia, Administração ou Contabilidade no Quadro Complementar de Oficiais Intendentes da Marinha (QC-IM), podendo ascender até o posto de Vice-Almirante.


 

07 de março – Dia do Corpo de Fuzileiros Navais

A data de 07 de março é uma homenagem à chegada da Brigada Real da Marinha Portuguesa (que acompanhou a Família Real quando esta migrava para o Brasil para se proteger das ameaças de invasão de Napoleão Bonaparte) em terras brasileiras).

Esta Brigada Real é que deu origem ao Corpo dos Fuzileiros Navais do Brasil. Os fuzileiros navais são militares, considerados tropas de elite. O termo “fuzileiro” é uma referência ao fuzil, espingarda usada pelos soldados, que por esse motivo passaram a ser chamados de fuzileiros. O Corpo dos Fuzileiros Navais, parte integrante da Marinha do Brasil, é responsável pela segurança do país de ameaças vindas do mar. No entanto, estes grupos de militares também são treinados para combaterem em terra, sendo apelidados de “anfíbios”, por estarem aptos a se adaptar às condições de ambos os ambientes (terra e água).

Adsumus é o lema dos membros do Corpo de Fuzileiros Navais. Adsumus é uma palavra com origem no latim que significa “estamos presentes”. O termo é usado para demonstrar que os fuzileiros navais estão sempre de prontidão para atender um chamado necessário ou para atuar com presteza em uma tarefa pelo bem do país.


 

28 de março – Dia das Comunicações Navais

Em 28 de março 1907, foi criado o Serviço Radiotelegráfico da Marinha (SRM), estabelecendo as primeiras instruções para o Serviço de Telegrafia sem fio da Armada Nacional. Nessa data, é homenageado, também, o Vice-Almirante Tácito Reis de Moraes Rego como seu Patrono.

Apresentava-se ao mundo e em especial às Marinhas, uma nova tecnologia para as Comunicações Navais. Esse novo invento foi considerado de importância singular, pelas mudanças relevantes que provocaria nas Comunicações Navais, em todas as Marinhas do mundo e nas operações de Guerra Naval: a radiotelegrafia. A Marinha do Brasil foi uma das primeiras Marinhas do mundo a disponibilizar essa nova tecnologia nos seus navios e Organizações Militares (OM) de terra.

Atualmente, a Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) imprime um novo ritmo de inovações tecnológicas, com um aumento na demanda de novos serviços e ferramentas em atendimento aos setores operativo e administrativo. Para vencer os novos desafios, a MB conta com profissionais que se dedicam com esmero na operação, manutenção e expansão do Sistema de Comunicações da Marinha.


 

12 de abril – Dia do Corpo de Engenheiros da Marinha

O Corpo de Engenheiros da Marinha (CEM) gerencia e conduz as atividades de pesquisa, desenvolvimento, manutenção e projetos de meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais e de seus equipamentos, além de realizar outras atividades específicas de cada especialidade na área de Engenharia.

Os Oficiais do Corpo de Engenheiros são admitidos em diversas áreas de atuação, tais como: Engenharia de Armamento, Engenharia Cartográfica, Engenharia Civil, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia de Sistemas de Computação, Engenharia Eletrônica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Mecânica, Engenharia Mecatrônica, Engenharia Naval, Engenharia Nuclear e Engenharia Química, além de Arquitetura e Urbanismo.


 

22 de abril – Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) 

O dia 22 de abril alude à data de nascimento do Almirante Álvaro Alberto, insigne Chefe Naval, dotado de um pensamento científico e tecnológico de longo alcance, e que vem a ser o Patrono da Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil. Ele se dedicou ao desenvolvimento de pesquisas na área de explosivos e aos estudos mais aprofundados sobre energia nuclear. Foi o primeiro presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um dos idealizadores da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e representante brasileiro da Comissão de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas.

A tecnologia, empregada nos produtos de defesa, permite, no campo operacional-tático, auferir vantagens sobre o oponente. Naturalmente, terão melhores condições as nações possuidoras de capacidade autóctone no desenvolvimento de tecnologias de ponta. No campo militar, a capacidade tecnológica autóctone tornou-se imprescindível, em razão das inúmeras restrições impostas ao acesso a tecnologias sensíveis e de duplo emprego, geradas tanto pela proteção ao conhecimento empregado nos sistemas de armas, como pelas disputas comerciais.


 

15 de maio – Dia do Armamentista

A prontidão do Armamento aliada à aptidão profissional de quem o maneja retrata o poder de uma Força Naval. A capacidade de dissuasão e de resposta eficaz assegura a manutenção da soberania nacional. Nesse contexto, explica-se a necessidade constante de modernização dos equipamentos bélicos e, consequente, aprimoramento de seus operadores, com o propósito de garantir que estejam sempre em condições de pronto emprego.

Ao longo dos anos, a Marinha do Brasil vem buscando a modernização de seus navios e os novos sistemas de armas vêm sendo concebidos, impondo um constante desafio àqueles que labutam nas lides do armamento naval. Reconhecendo a importância desse profissional, a Marinha homenageia neste dia, todos os armamentistas, que mantêm e operam centenas de equipamentos e sistemas de armas, a bordo e nas organizações de apoio, conservam, testam, alinham, apontam, carregam e disparam projéteis, foguetes, bombas, granadas, mísseis e torpedos existentes nos navios, aeronaves ou submarinos, com o propósito de garantir que estejam em condições de pronto emprego.

A data escolhida para comemoração do Dia do Armamentista é uma justa homenagem ao Capitão-de-Mar-e-Guerra Henrique Antônio Baptista, cultuado como o patrono da Artilharia de nossa Marinha.


 

29 de maio – Dia Internacional dos Mantenedores da Paz das Nações Unidas

O Dia Internacional dos Mantenedores da Paz faz referência ao dia 29 de maio de 1948, quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas autorizou, pela primeira vez, uma Operação de Manutenção da Paz para promover um ambiente seguro e estável aos povos e estabelecer a paz em países assolados por conflitos e instabilidade social. A mobilização se deu na Palestina, após o cessar-fogo da guerra árabe-israelense e, a partir daí, iniciava-se a busca de soluções pacíficas para os conflitos internacionais. Em diferentes regiões do globo, uma força militar de aproximadamente 80 mil capacetes azuis, liderados pelo Departamento de Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas (DPKO), atua para resolver conflitos da melhor forma possível: por vias pacíficas.

O Brasil participa das Missões de Paz desde 1956, no Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção de Paz da ONU, como um País Contribuinte com Tropa. A participação poderá ocorrer por meio do envio de Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, na constituição de Hospitais de Campanha, com o envio de observadores militares e oficiais de Estado-Maior, de equipes móveis de treinamento em cursos internacionais e com a participação de meios navais e aeronavais.

Ao todo, o Brasil já participou de mais de 30 missões das Nações Unidas, tendo enviado cerca de 27 mil militares ao exterior. Atualmente, o país possui tropas e observadores militares em 12 países espalhados por cinco continentes.


 

08 de junho – Dia Mundial dos Oceanos

O Dia Mundial do Oceano é uma data que incentiva a sociedade a refletir sobre a importância da conservação das águas marinhas do planeta.

Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e contêm 97% da água de todo o planeta. As águas salgadas abrigam uma biodiversidade com quase 200 mil espécies identificadas. Eles são parte essencial para a promover a regulação climática do planeta, pois absorvem cerca de 30% do dióxido de carbono produzido pelos seres humanos. Além disso, aproximadamente 3 bilhões de pessoas no mundo todo dependem dos mares como fonte de alimento. Hoje, o grande desafio é minimizar o impacto que as atividades humanas estão provocando nos oceanos.


 

11 de junho – Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha

A Batalha Naval do Riachuelo, considerada Data Magna da Marinha, é um marco histórico brasileiro no contexto da Guerra da Tríplice Aliança, maior conflito na história da América do Sul, quando o Brasil obteve a vitória decisiva em 11 de junho de 1865, assegurando a livre navegação na Bacia do Prata, por onde passava todo o apoio logístico às forças terrestres. Nove navios e 2.287 homens, dirigidos pelo Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, compunham a Força Naval Brasileira.

A Batalha Naval do Riachuelo, que deixou um legado de união, solidariedade e superação aos brasileiros, foi marcada pela bravura de aguerridos marinheiros e fuzileiros navais, que, incentivados pelos célebres sinais de Barroso: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”; e “Sustentar o fogo, que a vitória é nossa”, superaram adversidades de toda ordem, muitos deixando suas vidas em combate. Por esse episódio histórico, em 11 de junho é celebrada a Data Magna da Marinha, que comemora os feitos heroicos daqueles homens que lutaram na Batalha Naval do Riachuelo, reconhecendo-os como exemplos e lembrando seus atos às gerações que os sucederam.


 

21 de junho – Dia Mundial da Hidrografia

A data foi oficializada em 2005, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de destacar a importância da proteção de mares, oceanos, lagos e rios para navegações seguras e tem o objetivo de divulgar a relevância dos serviços hidrográficos dos Estados-Membros, em prol da proteção do meio ambiente, além de buscar o aumento da consciência pública em relação ao papel vital que a hidrografia desempenha no cotidiano da sociedade em geral.

A Hidrografia é de extrema relevância para os navegantes, pois possibilita o uso eficaz dos mares, oceanos, zonas costeiras, lagos e rios, ao conduzirem, com segurança, as embarcações, evitando perigos conhecidos nos seus percursos pretendidos.


 

07 de julho – Ingresso da Mulher nas Fileiras da Marinha do Brasil

Nesta data é comemorado o ingresso da mulher nas fileiras da Marinha do Brasil. Ela remete à criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva, ocorrido em 7 de julho de 1980, por iniciativa do então Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, cônscio do trabalho silencioso marcado pelo patriotismo e pela coragem de mulheres que sacrificaram a vida pelo País. Pioneira, a Marinha foi a primeira entre as Forças Armadas brasileiras a admitir mulheres em seu efetivo, que compõe mais de oito mil integrantes. Desde então, a data histórica entrou para o calendário marinheiro, sendo celebrada nacionalmente.

Ao longo dos anos, devido ao mérito e à competência demonstradas ao longo do tempo a participação das mulheres foi sendo ampliada para diversas áreas de atuação, incluindo a Direção de importantes Organizações Militares. Com equilíbrio e capacidade, a mulher marinheira vem consolidando cada vez mais sua participação nos diversos Corpos e Quadros dos Oficiais e Praças da Marinha do Brasil, contribuindo, sobremaneira, para o cumprimento das mais variadas tarefas da Força, com maior eficiência e eficácia.


 

17 de julho – Dia do Submarinista

Foi no dia 17 de Julho de 1914 que os três primeiros submarinos brasileiros iniciaram as suas atividades.

Os submarinos eram parte do Programa de Construção Naval criado pelo então Ministro da Marinha, e foram entregues à Marinha do Brasil entre os anos de 1913 e 1914.

O pioneiros foram os submarinos batizados como F1, F3 e F5, que foram construídos no Estaleiro da FIAT, então localizado na cidade de Torino, na Itália.

A pequena frota conhecida como “Flotilha de Submersíveis” ficou em atividade por 20 anos, e foi usada principalmente no treinamento da tripulação, estando subordinada ao então Comando da Defesa Móvel do Porto do Rio de Janeiro.


 

25 de julho – Dia da Atividade de Inteligência na Marinha

O Centro de Inteligência da Marinha (CIM) escolheu esta data por ser o dia de nascimento do Vice-Almirante Humberto Giudice Fittipaldi, Patrono da Inteligência da Marinha e primeiro diretor de um órgão de inteligência militar no Brasil.

O Sistema de Inteligência da Marinha (SIMAR) é composto pelos seus três Órgãos de Cúpula: a Subchefia de Estratégia do Estado-Maior da Armada, a Subchefia de Inteligência Operacional do Comando de Operações Navais e o Centro de Inteligência da Marinha; pelas Agências de Inteligência; e pelas Células de Inteligência, que proporcionam a capilaridade necessária para a produção e salvaguarda de conhecimentos com vistas ao assessoramento oportuno e de qualidade do processo decisório nos diversos níveis da estrutura do Comando da Marinha e, consequentemente defesa dos interesses da Instituição.


 

28 de julho – Dia da Criação do Comando da Marinha

Esta data celebra o Comando da Marinha e seu firme propósito de honrar o legado de abnegação, disciplina e patriotismo daqueles que ajudaram a escrever as páginas da Força Naval.

A promulgação, pelo Rei de Portugal, D. João V, do Alvará de criação da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, em 28 de julho de 1736, foi o marco inicial das atividades do Comando da Marinha.

Sobre a imensidão azul de nossos mares e pelos rios que cortam nossa terra, importantes capítulos da história do Brasil foram escritos desde o alvorecer de seus dias. Este País, por natureza, é vocacionado às coisas do mar. Desde os povos nativos, que singravam por essas águas, depois o a chegada dos colonizadores, até a criação, no período Republicano, do Ministério da Marinha que, em 1999, passou à denominação atual, Comando da Marinha, subordinado ao Ministério da Defesa.

Ao longo dessa travessia, muitos foram os desafios impostos ao Poder Naval para atender aos interesses da nação. Seu de histórico de combates navais na consolidação de nossa independência e na defesa dos nossos atuais contornos, é tão antigo quanto a própria história do nascimento de nossa Pátria. Além disto, nossos navios ainda estiveram em duas guerras mundiais.

Assim como no passado, a Marinha do Brasil está sempre pronta a contribuir para a defesa de nossas águas e para a conquista e manutenção dos Objetivos Nacionais e prosseguirá sua singradura pelo mar do tempo, sempre no rumo constante de dedicação à Pátria.


 

23 de agosto – Dia do Aviador Naval

A história da Aviação Naval iniciou-se em 1916, com a criação da Escola de Aviação Naval, a primeira escola de aviação militar do Brasil. A Marinha foi pioneira no emprego de aeronaves militares no Brasil e contribuiu para o estabelecimento das rotas aéreas, assim como, das operações de patrulha para a defesa aérea do litoral brasileiro e suas fronteiras.

A primeira operação da Aviação Naval remonta ao ano de 1933, na Amazônia Ocidental e foi seguida de muitas outras.

Após anos de incontáveis sucessos, vitórias e do valoroso legado deixado por gerações de aviadores navais, ficou registrado um incontável acervo de histórias navais e outros tantos ensinamentos de como lidar com as peculiaridades amazônicas, sobretudo por conta dos cenários de condições meteorológicas adversas e extremamente mutantes. O cotidiano abastecimento por tambores, os pousos em locais desconhecidos, marcam as operações da Aviação Naval na região amazônica brasileira. O profissionalismo, o esforço e a dedicação ímpar de cada um permitiram atingir a marca de mais de 47.000 horas voadas, em todos esses anos de presença da Aviação Naval na Amazônia. A Aviação Naval Brasileira está preparada para atuar em qualquer outro cenário onde a sua presença se faça necessária.


 

28 de setembro – Dia do Hidrógrafo

A data relembra o aniversário do Capitão de Fragata Antônio Vital de Oliveira, Patrono do Serviço Hidrográfico Brasileiro, herói que, na guerra da Tríplice Aliança atingiu o ápice da dedicação ao serviço da Pátria, com o sacrifício de sua própria vida. Na paz, foi um grande marinheiro, tendo efetuado, pioneiramente, levantamentos hidrográficos de costa brasileira, atividade que, até então, era executada exclusivamente por estrangeiros.

Desde os primeiros trabalhos conduzidos por este Patrono, a característica basilar do Serviço Hidrográfico Brasileiro é o anonimato, e os méritos decorrem do trabalho coletivo em prol da qualidade dos produtos e serviços desenvolvidos nas diversas áreas de conhecimento que compõem a Hidrografia em seu sentido mais amplo: Cartografia Náutica, Hidrografia propriamente dita, Geologia e Geofísica Marinha, Meteorologia Marinha, Navegação, Oceanografia e Sinalização Náutica, modernamente denominada Auxílios à Navegação.


 

30 de setembro – Dia do Capelão Naval

No dia 30 de setembro de 1905, nascia o Pe. Redomark Fernandes de Sousa, Patrono do Quadro de Capelães Navais, monge beneditino, que assumiu o nome religioso de Dom Carlos OSB. Ingressou no Serviço de Assistência Religiosa da Marinha e exerceu o seu ministério sacerdotal sempre embarcado na Escola Naval, onde deixou muitos exemplos de dedicação, empenho e entrega total ao serviço dos que lhes foram confiados.

O Capelão tem a função de ministrar palestras, missas e cultos para os militares e seus familiares, de forma que presta um apoio fundamental à tropa e à família militar. Essa assistência espiritual aumenta a motivação dos integrantes das instituições militares e, assim, reflete diretamente no maior sucesso das missões.

Além de celebrar missas e cultos para a comunidade militar, os capelães católicos e evangélicos também presidem casamentos, fazem palestras e atuam em casos de extrema unção, mas não têm tratamento diferenciado dentro da tropa.

O capelão responde às mesmas hierarquias e exigências militares. Após ingressar na Marinha do Brasil, prestará compromisso de honra, no qual firmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres militares, que emanam de um conjunto de vínculos racionais e morais que ligam o militar à Pátria e ao serviço, e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.


 

Dia Marítimo Mundial (última quinta-feira do mês de setembro)

No ano de 1978, a Organização Marítima Internacional (IMO), agência especializada das Nações Unidas, decidiu dedicar a última quinta-feira do mês de setembro à comemoração do Dia Marítimo Mundial.

A data é usada para chamar a atenção para a importância do transporte marítimo seguro, ambientalmente correto, eficiente e sustentável. Também é dedicada aos trabalhadores, destacando-os como personagens essenciais ao futuro do transporte marítimo. Assim, homenageia e reconhece todos os homens e mulheres, embarcados ou em terra, que se doam diuturnamente em benefício do contínuo desenvolvimento das atividades marítimas do país, promovendo segurança e bem-estar a bordo dos navios. É a competência técnica das equipes que tem permitido alcançar uma evolução considerável nos indicadores de eficiência, segurança e cuidado ao meio ambiente.

A Marinha do Brasil reconhece a importância da data e identifica a atividade marítima e fluvial como uma das mais importantes vias de crescimento para o País.


 

17 de outubro – Dia do Maquinista

A transição da propulsão a vela para a propulsão a vapor foi uma marco tecnológico ímpar na história da construção naval. Com ela, novas necessidades foram introduzidas, como aquelas relacionadas ao apoio logístico e, também, à formação de pessoal para a operação e manutenção dos novos sistemas de máquinas embarcados.

A propulsão a vapor, que foi dominante na Marinha até a década de 70, passou a conviver com outros sistemas de propulsão, baseados em motores de combustão interna. Novos e sofisticados equipamentos e sistemas foram introduzidos, como as turbinas a gás; sistemas hidráulicos e pneumáticos; e os sistemas eletrônicos para controle e monitoração das máquinas.

Nesse processo de evolução tecnológica, um aspecto essencial, é a presença indispensável de marinheiros, oficiais e praças, operando e mantendo os sistemas de máquinas. Foguistas no início, graxeiros desde sempre, lendários “bodes pretos”, cabem aos valorosos maquinistas da Marinha a nobre missão de prontificar as máquinas e fazer o navio navegar e combater. Pois, indiscutível e efetivamente, toda operação começa com a ordem de máquinas adiante, terminando ao soar do apito no encapelar da primeira espia no porto sede, à ordem de parar máquinas. E sabemos que, em combate no mar, a disponibilidade, o bom funcionamento e a rápida recuperação, em caso de avaria, dos sistemas de máquinas, é condição vital ao pleno êxito no cumprimento da missão.

Assim é que, no dia de hoje, é reconhecido o valor dos maquinistas. Nas praças de máquinas, em cobertas abaixo, eles atuam de maneira dedicada, discreta e com extremado amor, buscando dar ao seu Comandante a flexibilidade e a segurança operacional necessárias, tirando de lá, com o sacrifício que for necessário, o milagroso “vento de porão”.


 

05 de novembro – Dia do Corpo de Saúde da Marinha

O Corpo de Saúde da Marinha (CSM) destina-se a suprir a Marinha com oficiais para o exercício de cargos técnicos relativos às atividades necessárias à manutenção, no mais alto grau, da higidez do pessoal militar da Marinha voltado para aplicação do Poder Naval e seu preparo, além das atividades inerentes à carreira militar.

Nesta data são homenageados médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e demais profissionais atuantes no âmbito da saúde, que trabalham arduamente para salvar vidas e cuidar do bem-estar da família naval.


10 de novembro – Dia da Esquadra

Esquadra é conceituada como “o conjunto de forças e navios soltos, postos sob Comando único, para fins administrativos”. A Esquadra Brasileira foi definida como “força de combate organizada, juntamente com as esquadrilhas de aviões e os navios auxiliares necessários às suas operações”.

Ela foi criada quando o governo do Brasil-Independente reconheceu a imprescindibilidade do compromisso de adotar todas as providências que se faziam necessárias, para o nascente Império possuir uma Esquadra apta a defende-lo, face à extensão da costa, ao rico e fértil território e também capaz de assegurar o comércio contínuo entre seus portos, de vez que a Providência talhara para o Brasil os mais altos destinos de glória e prosperidade, que só poderiam ser defendidos por uma Marinha respeitável.

Em 10 de novembro de 1822, ano da Independência do Brasil, o pavilhão nacional foi içado pela primeira vez em um navio de guerra brasileiro, a Nau Martim de Freitas, posteriormente rebatizada de Nau D. Pedro I, o primeiro navio Capitânia.

Nascia, assim, a Esquadra Brasileira, criada para combater as forças navais portuguesas que se opunham à independência do país. Atuando de forma decisiva na consolidação da soberania, participou, também, das campanhas do Império, com destaque na Guerra do Paraguai e nas duas grandes Guerras Mundiais, sempre em prol da manutenção da integridade do território nacional.

A Esquadra do presente busca a excelência na tecnologia de seus meios navais e de seus recursos de combate e, paralelamente, investe na preparação de seu pessoal. A Esquadra, de hoje e sempre, espinha dorsal de nosso Poder Naval, cumpre a nobre missão de conduzir Operações Navais e Aeronavais, empregando os meios subordinados para a proteção de tão importante patrimônio da Nação Brasileira, a imensa “Amazônia Azul”.


 

11 de novembro – Armistício da Primeira Guerra Mundial

No dia 11 de novembro de 1918, às 11 horas da manhã, (a “undécima hora do undécimo dia do undécimo mês”) a Alemanha e os Aliados assinam o Armistício de Compiègne, representando a rendição alemã e o fim da Primeira Guerra Mundial. O armistício é um tratado assinado por vários governos decretando o fim de hostilidades armadas em tempos de guerra.

A Primeira Guerra Mundial, levou a óbito aproximadamente dez milhões de pessoas em pouco mais de quatro anos, e teve profundo impacto no século XX, deixando reflexões para a posterioridade. O Brasil que, a princípio, assumiu uma posição de neutralidade nos três primeiros anos de guerra, também foi impactado pelas ações da campanha submarina irrestrita do Império Alemão, que resultou no afundamento do Navio Mercante Paraná e, posteriormente, de mais três navios mercantes nacionais. Em resposta às agressões perpetradas contra a soberania nacional, o governo brasileiro reconheceu e proclamou o Estado de Guerra, abrindo os nossos portos às unidades aliadas e enviando de uma Força Naval à Europa. Muitos desafios não impediram que a nossa Força Naval cumprisse com eficiência sua missão, tornando-se, até os dias atuais, exemplo de abnegação. Cerca de 150 dos nossos militares pereceram no cumprimento do dever, motivo pelo qual exaltamos continuamente suas ações.


 

26 de novembro – Dia do Corpo Auxiliar da Marinha

O Corpo Auxiliar é formado por pessoas que atuam em áreas distintas, com cargos e funções técnico-administrativos, que visam às atividades de apoio técnico, às atividades gerenciais e administrativas em geral, e de assistência religiosa, além das atividades inerentes à carreira militar. Esses militares realizam atividades dentro de suas áreas de formação.

 


 

13 de dezembro – Dia do Marinheiro

“Sou marinheiro e outra coisa não quero ser”.
Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré.

O marinheiro é o responsável pela manutenção, serviço e segurança dos navios e submarinos. O Dia do Marinheiro surgiu em homenagem a Joaquim Marques Lisboa.

Desde o alvorecer do Brasil, sua história está entrelaçada ao mar. Pelos espaços marítimos chegaram os colonizadores portugueses e tantos outros povos que ajudaram a compor nossa identidade nacional. Também foi, pelo mar e águas interiores, escrita a história da consolidação da independência e da defesa dos nossos atuais contornos. Essas águas, nas quais sempre fomos vitoriosos, foram igualmente marcadas pelo sacrifício de nossos compatriotas, que ofereceram suas vidas em prol do Brasil.

Com essa visão, rendemos uma justa homenagem no dia 13 de dezembro, data do nascimento do Almirante Joaquim Marques Lisboa, à história de um dos grandes heróis nacionais, o Patrono da Marinha do Brasil, devido à sua bravura nos combates da Guerra do Paraguai e por todo o seu serviço à Marinha Nacional, tendo dedicado, com plena devoção, 66 anos de serviço à Pátria.


 

28 de dezembro – Dia da Marinha Mercante Brasileira

Nesta data é reverenciado Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, figura ímpar na história e Patrono da Marinha Mercante. A Marinha Mercante é o conjunto das organizações, pessoas, embarcações e outros recursos dedicados às atividades marítimas, fluviais e lacustres de âmbito civil. Ela constitui o ramo civil da Marinha, possui diversas vertentes e atua em diferentes funções, todas relacionadas ao mar, seja no âmbito comercial, no transporte de passageiros, em atividades recreativas e até mesmo na pesca. Além de atuar no comércio exterior, a Marinha também é responsável por todo o comércio que se dá através da cabotagem e da navegação entre os rios, canais e lagos do Brasil.

Ela é subdividida em diversas instituições, que incluem a participação das autoridades marítimas e portuárias, agentes de navegação, afretadores, armadores, gestores de navio, operadores portuários, entrepostos, auditores e estaleiros navais, dentre outros.

Dentro da embarcação, a organização é dividida a partir da mais alta autoridade, o comandante, que representa o armador e é responsável pelo navio, pelas cargas e pelos passageiros, em seguida vêm outros oficiais de náutica como mestres de cabotagem, contramestre, marinheiros de convés, chefe de máquinas, eletricista, condutor e demais operadores que têm como função assegurar a segurança e o pleno funcionamento do navio.